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Sabes, não é que te goste de ver a sofrer, mas merece-lo. Mereces todas essas lágrimas que te caem hoje, para compreender uma pontinha do que sofri por ti. Mereces esse mau humor, e esses olhos inchados. Mereces os soluços que tentas abafar e as noites em claro.
Eu gostei demasiado de ti. Um amor quase infantil, mas no entanto, amor. Foi a esse amor, a quem eu dei mais de mim. Eu que nunca me dou. Foi por esse amor, que abri o coração e pedi desculpas vezes sem conta. Eu, que tenho o orgulho tão afiado. Foi por esse amor louco, que chorei durante meses a fio. Eu, que nunca choro. Eu que nunca dou parte fraca. E foi por ele que esperei. Eu que viro costas, e não espero.

Pequenino, trocaste-me por ela. Foi por ela que me deixas-te. Ela que nunca te deu valor. E eu fiquei aqui, de braços vazios e de lágrimas na face. Não voltas-te. Nem nunca acreditei que o fizesses, mas as minhas esperanças não morriam de fome. Se eu sou orgulhosa, tu és o orgulho em pessoa. Se eu sou por vezes difícil, tu és o maior cabeça dura que existe. Mas eu gostava de ti assim. Gostava de te suavizar o coração e de te deixar com esse sorriso lindo que tanto esboçavas. Gostava dos planos futuros e da tua forma inconsciente de me inserir neles.
E eu abri-te o coração. Tu que entras-te de mansinho, com promessas de que jamais o partirias. Tu que com esse sorriso quente e de camisola ás riscas me prometeu o mundo. E eu gostei de ti, gostei como jamais gostei de alguém.
Mas pequenino, tudo passa. Hoje estou aqui, sem choro, sem soluços e sem tremores. Alguém melhor há-de aparecer. Para ti, e para mim. Mas até lá, chora o que tens a chorar, sofre se gostas dela. Mas o que a brisa leva, também trás. E amores, vão e vêm, e ela para ti, não passou de mais uma. Apesar de que desta vez, ela deixou-te a ti primeiro.

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