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Como estás pequeno? As cartas começam a escassear. Já não te tenho muito a dizer. Já não sinto raiva e já não preciso de ti. Já sei correr sem olhar para trás, à espera de te ver. Já não preciso da tua mão para me levantar, depois das quedas, nem para me apararem as lágrimas. Até que seria um contra-senso, já que foste tu a razão de muitas delas. Já não existem noites más. Já não sonho contigo, nem choro por ti. Já não há insónias, nem ciúmes. Já não falo de ti à meses. Não que não me lembre de ti, és e serás sempre, o primeiro a quem algum dia dei a conhecer o meu coração. Mas, simplesmente, já não te pertenço mais. A partir do momento, em que passei a não proferir o teu nome, a calar o que me ia na alma, aí eu comecei a crescer. Amadureci, com este amor, que de amor, afinal de contas, teve tão pouco.
Tenho o coração leve. E que mais posso eu pedir, depois de ti? Tu que me pesas-te tanto no peito. Eu que te arrastei durante meses. Tu que teimavas a não sair der mim, mesmo estando já com outra. Tu, que tantas dores de cabeça me deste, e mais ainda as de coração. Tu, que mantiveste-me presa, como se a tal tivesses direito.
Pequeno, eu não sinto saudades. Não guardo rancores, não sinto pena e o o mais importante: o meu coração não está partido. Respira devagar e bate rápido. Tenho-o a rir, leve como uma pena. Não há borboletas nem enjoos. Agora é meu.

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