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Meu querido amante,
Há tanto que não sei de ti. As palavras que trocámos à semanas eram pouco mais do que as dois conhecidos distantes - que no final somos.
Continuo a alimentar por ti as mais tórridas esperanças, mesmo sabendo que não têm qualquer fundamento. Acho apenas que este é o meu método de te sentir sempre comigo.
Sabes meu querido começo a acreditar que as minhas mágoas usam bóias. Todas elas. Não as consigo afundar. Nem mesmo no mar de lágrimas que me causas-te. Não, elas vêm sempre ao de cima; tal como tu. Quando tu decides voltar a casa. Aquela onde reside o teu coração - em mim.
Porque eu sei que ainda olhas por mim. Mesmo que eu durante estes meses todos o tenha negado eu sei que o fazes. Sei que tens saudades minhas, mas o facto de teres sido tu a bater com a porta, já não te dá hipóteses de voltar atrás. O facto de seres demasiado orgulhoso já te tem trazido os mais variados dissabores, e eu sou mais um. Um amargo. Um que não te sai da boca nem dos poros.
Meu querido, também tu me causas-te dissabores - talvez mesmo o maior deles todos. O teu orgulho deu cabo de mim, tal como aos poucos te está a destruir. Cuida de ti sim? Não percas o amor da tua vida por um passo mal dado, ou por um peito inchado. Vales mais que isso.

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