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Não me vejas como um potencial coração. Não penses em mim e muito menos te iludas. Sei ser fria, arrogante e afastar de mim até o mais persistente coração. Não sonhes comigo, não me sigas e não insistas. A insistência cansa-me, se digo à primeira não, é porque será não durante muito tempo. E tu fartas-te da espera, e procuras um coração mais fácil, mais amável e mais simples.
O meu coração ainda vive noutra vida, na vida daquele que não quis ficar comigo. Ficou do outro lado da margem. Ele que fique a boiar por lá, ou então que venha para cá, mas que não se ponha em terra firme. Essa terra não me parece real, sempre que a piso parece que me foge dos pés, e sempre que o meu coração se tenta aproximar é repelido. Talvez seja por querer atracar num porto que já não é o dele, talvez por já não saber boiar. Ou então, talvez seja eu, que seja demasiado persistente, demasiado emotiva.








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