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Mais uma vez conseguis-te com que o meu coração ficasse completamente partido. Mais uma vez sinto que estás novamente dentro de mim.
Mas sabes o pior de tudo? A culpa é minha! Tu tens razão: seguis-te em frente. Eu não, fiquei sentada à espera que arrepiasses caminho, até junto de mim. Não o fizes-te.
Agora tenho um nó na garganta e, não o consigo desatar. Sinto-me a pessoa mais estúpida à face da terra por pensar que tu poderias mudar. Sinto-me a pessoa mais parva do mundo por ainda esperar.
Se tu soubesses só metade do que sinto. Sinto-me como uma criança indefesa, que se deixou levar de uma forma ingénua e infantil, ao sabor da nossa história. Baixei toda e qualquer guarda que tivesse, para que pudesses ocupar sem qualquer restrição o meu coração. E afinal só entras-te para o apunhalar. Para o destruir.
Eu queria odiar-te! Queria odiar-te por tudo, pelas noites que me fazes passar em claro, a chorar, por me fazeres sentir uma boneca, como se tu tivesses o direito de brincar comigo! Queria odiar-te pelos momentos em que me fazes odiar tudo o que me rodeia, odiar-me a mim mesma. Queria odiar-te por incutir este peso de culpa, queria odiar-te e não consigo.
Tu preferis-te deitar cartas para fora do baralho, e uma dessas cartas era eu. Não te preocupas-te. Simplesmente, jogas-te-me fora, com a maior das facilidades, sem remorsos nem uma pontinha de dor. E para ti foi como se a partir desse momento, eu tivesse voado da tua vida. Não voei. Preguei-me a mil ferros a ti. E não achas parvoíce minha, não me querer separar-me de ti, e do que tudo a que te diz respeito?
Pois, também acho. Mas não quero, eu não te quero esquecer. Eu acredito que um dia tu irás voltar. Eu agarro-me a essa esperança de corpo e alma, mesmo sem fé alguma nas minhas palavras. Eu não suporto a ideia de saíres de mim. Não quero que o faças! Eu ainda te quero proteger, ainda quero que me abraces, eu quero fazer-te festas no cabelo, passear junto a ti. Eu quero mostrar-te que nada nos poderia separar. Mas para ti eu voei. Foste tu que me separou de ti, foste o único a tomar as decisões, para ti eu só tinha que viver com isso. Eu não quero ser uma linha reversa em relação a ti. Não quero! Quero fazer parte do mesmo plano.
Eu prometo, que um dia eu vou ser forte. Vou ser tão forte que te vou deixar de escrever, vou proibir-me de o fazer, mas por agora perdoa-me, não te quero atirar nada à cara, não quero ser injusta para contigo, mas neste momento é esta a única forma que tenho para desabafar. Para ti, para o papel, e é assim que não guardo ressentimentos.
Tu sabes bem, o quanto sou fraca, talvez ainda não saibas é que eu já não sou a míuda que explode, tornei-me antes na míuda que se vai calando e, que se deixa abater aos poucos. Agora verás o quão fraca estou.
Sabes o que é sorrir e, os outros verem que o sorriso não te chega aos olhos? Sabes o que é reprimir uma lágrima e ouvires um soluço? Tu não sabes! Não sabes, porque tu simplesmente foges aos problemas evitando que as consequência tombam todas para teu lado. Não te crítico, só tens medo de sofrer.
Mas o teu medo de sofrer, fez com que agora tenha medo de me envolver. Tenho medo que me tentem apunhalar de novo. Prometi a mim mesma nunca mais cometer o mesmo erro duas vezes. Mas quando o assunto és tu, o erro repete-se como uma constante, a variável não muda, é como uma equação, em que o resultado é derradeiro e inevitável: é impossível.




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