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Sabes pequenino, não gosto de te ver com os olhos tristes. Sorris muito, mas o sorriso não te chega ao olhar. Eu conheço demasiado bem esse sorriso, e sobretudo, conheço-te demasiado bem a ti. Não gosto dessa frieza nem dessa tua mania de te fechares tanto sob ti próprio. Nunca foste assim. Recatado sim, distante não. Estamos a inverter os papeis, não é?
Eu atrapalho e complico. Tu atentas aos pormenores e a olhares pouco ou nada significantes. Eu sou fria e por vezes calculista. Tu és o emocional mas sem qualquer tipo de medos. E eu tenho medos de mais: medo de noites sem lua, ou de corações traiçoeiros, medo de facas e de potenciais amores. E tu meu pequeno, és o meu maior medo.
Que se passa pequenino? Salta por cima dos teus e dos meus próprios medos, como sempre fizes-te. Toca-me no coração e faz com que ele dê um batimento em falso. Magoa-me, e tira-me do sério. Faz-me rir até doer a barriga e as lágrimas assomarem-me aos olhos. Dá-me uma festa no cabelo e deixa que fique com o teu cheiro na minha camisola. Faz-me sentir ciumes e querer matar toda e qualquer rapariga que pouse o olhar em ti, por mais do que cinco segundos. Mostra que gostas de mim. Prova que os meus medos não têm qualquer fundamento, e sorri-me. Abraça-me e diz-me o que tanto guardas para ti.

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