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Sé há coisas que nunca voltam atrás são: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida. Não lancei a flecha, e não pronunciei o que me ia na alma no momento certo logo, perdi a oportunidade.
Tu sabes como sou, talvez sejas dos poucos que me conhece realmente e, sabes que por vezes preciso de respirar fundo antes de responder, de me calar em vez de falar, preciso de fechar a gaveta sem a arrumar. Talvez, não respirei fundo o suficiente então calei-me, não arrumei a gaveta mas também não a fechei.
Talvez por vezes seja melhor desistir do que insistir, fechar a porta com um estrondo. Talvez eu deva deixar de nadar contra a corrente.
É como dar um grito num local sem ar, o som não propaga, é como a música que se canta para nós próprios, mais ninguém a ouve, ou até como a lágrima que nos cai secretamente, sem que ninguém a veja. Se calhar, eu deveria deixar a lágrima cair, sem medo de quem a possa ver, cantar bem alto, sem medo de quem me possa ouvir, e não conter o grito que há tanto se anda a formar na garganta.
Nós só temos medo de sofrer, porque já conhecemos o amor não é? Então nós não gostamos do frio, por sabermos o que é o calor, só valorizamos a luz por já provámos a escuridão. Só compreendemos a felicidade porque conhecemos a tristeza.
Talvez um dia grite, talvez lance uma nova flecha, talvez não perca a oportunidade
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