
Sabes, pode aparecer outra pessoa na minha vida, mas até lá (ou até mais além), eu irei continuar a pensar em ti.
Tu, podes ir para longe, mas eu continuarei contigo no pensamento. Tal como eu. Eu posso ir para longe, e no entanto é em ti que eu estarei a pensar.
Acredita, eu daria tudo para te esquecer.
Eu ando sozinha. Recolho-me para mim mesma, fecho-me em copas. E tu, onde andas? Nos braços de outro alguém? De outro alguém, que não será capaz de te amar tanto quanto eu.
Eu oiço a tua voz voz: 'Fica comigo', mas essas palavras são minhas; volto a ouvir 'amo-te', e desta vez a voz era a minha, mas os meus lábios não se moveram, certamente foi a voz do coração.
Onde estás tu nos momentos difíceis? É nestes momentos que me fazes cair por ti, outra vez.
Um dia chorarei por tudo: irei chorar por ti, por mim, por saudade, por egoísmo. Irei chorar por amor.
Eu não quero largar isto, isto que nos caracterizou, e tu sabes bem que não o quero fazer. Mas parar no tempo não é opção.
Não me dás outra opção, se não esquecer.
Um dia, um dia o meu coração irá esquecer o teu nome, hei-de esquecer a tua voz, hei-de esquecer todas as sensações que me proporcionavas. Um dia hei-de esquecer. Um dia, quando ganhar força suficiente, irei queimar todas estas cartas, e nesse dia não irei chorar. Desse dia em diante, por ti já não irei chorar.
Agora esquece, vou largar o lápis, machucar o papel e selá-lo num envelope. Vou fechá-lo numa gaveta, junto a tantas outras cartas que não verás. Vou fechá-lo contigo no pensamento, com a certeza que um dia irei queimar tudo isto.
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