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Sabes o que é adormeceres e acordares a pensar na mesma pessoa? Sabes o que é sorrir, quando lês uma mensagem bonita? Sabes como reagir, quando sentes aquele aperto no coração quando ela diz que te ama? Não é ser nem tonta, nem pateta. É estar apaixonada.
Secalhar não sabes sentir nada...talvez não tenhas a sensíbilidade de sentir, de perceber. Talvez não tenhas a capacidade de me compreeder.
Se ao te ouvir, ao te tocar, só te sentisse, seria tudo mais fácil. Se não pensasse, seria tudo mais fácil.
Lutei, lustaste, lutámos...lutámos por algo que já nem sequer tinhamos forças. Tentámos de todas as maneiras possíveis. E nada resultou. Mas agora desistis-te. Preferiste pensar em ti, somente em ti, não te preocupaste como é que eu ficaria. Esqueceste-te que eu também tenho sentimentos.
Promessas. Foram apenas promessas, e juras de amor ditas da boca para fora. Eu sabia, eu sabia que ia acabar assim. Eu sabia que por mais que lutasse, iria sempre ser levada ao chão. Iria ser sempre vencida.
Agora sei, sei que prefiro esconder um sentimento, do que manifestá-lo a alguém que não sabe compreende-lo. Pode doer mais, pode abrir-me um buraco sem fundo no meu coração. Pode até levar-me ao chão, mas para mim chega.
Eu começo a estar cansada de desculpas esfarrapadas, de mentiras e de tentativas falhadas.
Só desejava agora ser um boneco. Um boneco sem sentimentos, sem raciocínio. Um boneco para não sofrer. Para não sentir isto, isto que tanto me doí. Isto que tanto me moí, isto que me causa tanta frustação.
E agora? Agora sabes o que é chorar ao ver uma fotografia? Ao sentir um olhar distante? Não conseguir conter uma lágrima?
A saudade aperta a cada batida do meu coração. Sinto-me cada vez mais fraca. A noite vem sem qualquer pudor, e a dor que se instalou no meu peito ataca sem piedade.
O 'nós' morreu. Agora só existe um tu, um eu, e uma história. Uma história que tu tanto queres esquecer, uma história que eu tanto tentei manter.
A história. Sabes, aquela onde eras a personagem principal? A personagem pela qual me tinha apaixonado. A história que passou para além da folha de papel. A história que teve um palco, com direito a espectadores. Essa história, lembras-te?
Era essa mesma história que me contavas todas as noites. Com palavras doces, com um tom de voz meigo.
Era essa a história dos meus sonhos, a história da minha vida.
A história que eu escrevia todos os dias num simples pedaço de papel. Foi essa mesma história que tornou felicidade em tristeza, saudade em rumor, sorrisos em lágrimas, sonhos em desejos. Quis apagá-la da minha vida, então peguei numa borracha, tentando apagar tudo o que lá estava, mas não dava, nada conseguia ser apagado, permanecia tudo lá, tentei pegar numa caneta para riscar tudo aquilo, mas não dava, a minha mão ficava imóvel sobre o papel, tentei rasgá-lo, mas ele simplesmente ficava machucado. Então percebi que teria de continuar a escrever nesse mesmo papel a continuação de toda esta história, a escrever tudo o que sentia, com uma lágrima todos os dias, com uma angústia, com algo a que se chama saudade, mas eu, o papel e tu sabemos que acabou e é esse o fim de um “nós”.

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